22 de jan. de 2010

Dica do Xaxim: Tilt - Million Dollar Wound (2009)


Tilt é o nome de um novo projeto inglês com caras que tocaram em diversas bandas como Simple Minds e Stiltskin. Todos os integrantes, entretanto, tocaram com o Fish, juntos ou em diferentes momentos, fato que chamou minha atenção para a banda. No ano passado, esses caras resolveram montar um projeto, chamar alguns vocalistas e guitarristas pra ajudar, e lançar um EP.

O resultado é Million Dollar Wound, composto de cinco faixas que totalizam meia hora. Pena que é tão curto. O disco tem algumas influências progressivas, mas a tônica é o rock moderno que mistura vários estilos (entra até blues na jogada), exceto por não utilizar guitarras distorcidas (o que me agrada).

A seqüência de faixas alterna momentos mais agitados com outros mais “viajantes”. O uso de vocalistas diferentes em cada música (um cara que não compromete e duas moças que mandam bem) torna a coisa ainda mais interessante.

O destaque do disco pra mim é a segunda faixa, “Long Gone”. A única crítica que faço é que algumas faixas terminam de forma abrupta, o que podia ser melhor trabalhado. De qualquer forma, seria ótimo ver os caras lançando um disco inteiro.

Se quiser conferir, é só acessar a página da banda no MySpace.

Abraços!

6 de jan. de 2010

Dica do Xaxim: Karnataka - Delicate Flame of Desire (2003)


Ao tentar escolher um dos discos do Karnataka para escrever a dica anterior, fiquei em dúvida porque o último álbum lançado pela banda em sua formação original também é muito bom. Então tive a feliz ideia de ouvir os dois trabalhos em sequência para me decidir, mas não consegui. Assim, resolvi escrever sobre os dois discos.

Em linhas gerais, The Storm brilha por ser mais intimista, enquanto Delicate Flame of Desire me parece mais maduro que seu antecessor. Os dois discos apresentam rock/pop com arranjos delicados, mas neste último a banda apresentou algumas diferenças: as influências sinfônicas ganham um pouco mais de espaço e os arranjos parecem um pouco mais elaborados, além de que a guitarra do bom Paul Davies aparece mais.

A diferença mais importante está na adição da vocalista Anne-Marie Helder, responsável pelos backing vocals e que também toca flauta no disco. Também boa cantora, ela se sai bem em ambos os papéis, agregando complexidade aos arranjos. Assim, este disco consegue apresentar vocais diferentes de seu antecessor e ambos são muito legais.

Como destaques , cito as composições mais longas, a faixa-título e “Heart of Stone”, que são muito bem trabalhadas e apresentam mais variações em suas estruturas, além de “One Breath Away”, que tem uma levada eletrônica diferente do estilo da banda e que ficou legal.

Atualmente Anne-Marie Helder é a vocalista principal do Panic Room, acompanhada pelo citado Paul Davies, além do tecladista Jonathan Edwards e do baterista Gavin Griffiths, que também fizeram parte da formação original do Karnataka.

Até a próxima!

Dica do Xaxim: Karnataka - The Storm (2000)


O País de Gales tem produzido boas bandas de rock progressivo. Algumas delas misturam música celta ao rock, outras pendem mais pro rock sinfônico, outras para uma levada mais roqueira com menos influências progressivas e outras fazem um som pop/rock em que mostram algumas das características citadas acima.

Karnataka é uma banda representante do último grupo e tem uma biografia meio complicada de entender. A banda existiu entre 1996 e 2004, lançando três discos mais um duplo ao vivo no período, quando para surpresa de seus fãs se desfez. Seus membros da época hoje estão em três bandas diferentes: Panic Room, The Reasoning (ambas com dois discos já lançados) e o próprio Karnataka, com uma nova formação que conta apenas com o baixista Ian Jones da formação original (e que está para lançar o primeiro disco).

The Storm, o segundo disco lançado pela banda original em 2000, é uma delícia de ouvir. Todas as músicas apresentam arranjos delicados com os teclados se sobressaindo, alternando em sequência correta momentos mais calmos com outros mais agitados, em que a guitarra aparece bem. A melhor composição do disco é a faixa-título que encerra o álbum, apresentando uma progressão lenta e constante com uma melodia vocal linda que leva a um solo de guitarra de muito bom gosto.

O disco seria bom considerando apenas os fatores acima, mas ele se torna ainda melhor devido à vocalista Rachel Jones. Afinadíssima, dona de uma voz algo grave e ao mesmo tempo delicada, ela abrilhanta o disco com ótimas interpretações. Hoje ela faz parte do The Reasoning (que tem uma levada mais roqueira), mas aparece mais fazendo backing vocals e cantando um trecho ou outro. É um baita desperdício.