19 de nov. de 2011

Melhores de 2011: Liam Davison - A Treasure of Well-Set Jewels


Em junho passado, escrevi a dica sobre o EP de estreia da carreira solo de Heather Findlay, ex-vocalista do Mostly Autumn. Naquela época elogiei a moça, já que a fórmula de sua banda de origem estava desgastada há tempos e o EP se mostrou renovado.

Pouco tempo depois, soube que Liam Davison, outro integrante da banda, também tinha lançado seu primeiro disco solo, desta vez um LP completo. Apesar de ser um dos fundadores do grupo, o guitarrista nunca teve grande destaque e sempre foi um cara discreto, sendo na maior parte do tempo um músico de apoio, pelo menos em minha percepção.

O guitarrista chegou a sair do grupo em 2006 e tinha como projeto gravar A Treasure of Well-Set Jewels, que não foi concluído. Ele voltou ao Mostly Autumn em 2009, e seu trabalho solo acabou sendo lançado somente neste ano. Contando com seus colegas de banda Iain Jennings (teclados) e Gavin Griffiths (bateria), além da própria Heather Findlay e da Anne-Marie Helder cantando em algumas faixas, o estilo do disco não difere muito de sua banda de origem, cuja principal influência é o Pink Floyd.

O que o torna este disco bem legal é o foco das composições. Enquanto os últimos discos do Mostly Autumn mostram uma banda que não sabe aonde quer chegar e acaba compondo faixas medianas com uso excessivo de solos cheios de efeitos e enjoativos do guitarrista Bryan Josh, Liam Davison optou por composições mais efetivas e equilibradas em ótimos arranjos. Há também bons solos de guitarra, mas sem grandes pirotecnias, na medida exata para os climas das músicas.

Todas as faixas do álbum são boas, com destaques para “Once in a Lifetime” (com a Heather Findlay nos vocais) e “Picture Postcard”. Dá pra dizer que este é o melhor disco do Mostly Autumn em muito tempo. Liam Davison está de parabéns pelo trabalho, inclusive por me ajudar a perceber sua importância nos primeiros discos da banda.

Até a próxima!

13 de nov. de 2011

Melhores de 2011: Phideaux - Snowtorch


Lá em 2009, quando este blog dava seus primeiros passos, indiquei o disco do Number 7 da banda Phideaux como um dos melhores daquele ano. Você pode conferir um pouco da história da banda e minha opinião sobre o disco neste link.


Naquela dica, comentei também que a parte final de uma trilogia, chamada de Number 7 ½, tinha sido adiada para que Number 7 fosse lançado, e que era aguardado o lançamento da tal parte final em curto período de tempo. Pelo jeito, a banda mudou seus planos, e ao invés de lançá-lo, reapareceu no começo de 2011 com o álbum Snowtorch. Mais uma vez, a banda alcançou bons resultados.

O novo trabalho apresenta algumas mudanças de estilo na comparação com seu antecessor: primeiro, o disco enfatiza o som mais psicodélico que lembra o Pink Floyd, deixando um pouco de lado as demais influências apresentadas em Number 7, a não ser por um ou outro trecho mais sinfônico; segunda (e esta mais importante), o álbum apresenta um formato diferente, contando com apenas quatro faixas sendo duas longas e duas curtas.

Como já comentei algumas vezes por aqui, considero que a dificuldade de compor uma música é (entre outros aspectos) diretamente proporcional à sua duração, dado que manter o pique e o interesse do ouvinte por muito tempo parece-me um baita desafio. Pois bem, em “Snowtorch (Part I)”, uma das longas faixas que abre o álbum, a banda foi muito bem sucedida nesse quesito. Cheia de variações e um longo trecho instrumental com partes sinfônicas, a faixa não enjoa nunca e o resultado final é excelente.

A outra faixa longa, “Snowtorch (Part II)”, também atinge bons resultados apresentando arranjos diferentes e por vezes mais modernos às linhas vocais da primeira parte. Embora o truque seja feito com competência e apresente uma progressão bastante efetiva em seu final, o resultado final não é tão impactante quanto na faixa de abertura. Sobre as faixas mais curtas, “Helix” apresenta o mesmo estilo mais psicodélico dos álbuns anteriores, enquanto “Coronal Mass” também apresenta arranjos diferentes para a melodia instrumental que se repete ao longo do disco, desta vez com maior influência sinfônica.

No todo, Snowtorch é mais um grande álbum de uma das melhores bandas de rock progressivo da atualidade. Talvez seu antecessor seja (muito pouco) melhor, mas isto não tira o brilho do novo trabalho.

Abraços!

5 de nov. de 2011

Lista de melhores de 2011


Oi, pessoal,

Assim como no ano passado, criei uma nova categoria para facilitar a pesquisa das dicas referentes aos melhores de 2011, inaugurada por este post.

Apesar de já estarmos em novembro, ainda estou montando a lista para publicar os comentários aqui no blog. A demora acontece por dois motivos: primeiro, a falta de tempo, que se explica por si só; segundo, confesso que estava desanimado com a média dos discos lançados neste ano, salvo uma ou outra exceção. Os oito primeiros meses do ano contaram com lançamentos de bandas importantes sobre os quais eu tinha algumas expectativas, quase sempre não atingidas.

Parece que muitas bandas resolveram lançar novos discos no final do ano, mas ainda não consegui ouvir tudo. Do que ouvi até agora, a média destes últimos lançamentos tem sido melhor, o que embaralhou a lista que eu já tinha montada. De qualquer forma, já tenho alguns textos quase prontos sobre discos que devem se manter na lista e em breve começo a publicá-los, ok?

Abraços,
Sergio