13 de jun. de 2010

Dica do Xaxim: Nexus - Metanoia (2001)


Tem muita banda por aí que procura fazer um som progressivo mais tradicional, o que bem ou mal mantém o gênero vivo. Entendo que estas bandas, mesmo que no geral desconhecidas, acabam fazendo com que mais pessoas gostem deste tipo de música, uma vez que tem gente que não houve os clássicos dos anos 70 por considerá-los coisa de museu.

Entretanto, não são muitas as bandas que são bem-sucedidas em fazer um som fortemente calcado nos clássicos. Há exemplos de bons grupos que o fazem com competência (e que serão indicadas por aqui), mas que quase sempre acabam soando muito parecidas com os originais. Sobram umas poucas bandas que misturam influências de várias bandas de forma bem-feita e que por isso me agradam mais.

É o caso dos argentinos do Nexus. Em seu disco Metanoia, gravado em 2001, a banda mostra um leque respeitável de influências, que vão de Pink Floyd a Genesis, passando por Emerson, Lake & Palmer e Yes. Além de não soar exatamente como as bandas citadas, a banda apresenta bons arranjos sinfônicos e outros trechos mais agitados.

O disco, com letras em espanhol, apresenta músicas com teclados proeminentes, com a adição não exagerada de efeitos eletrônicos e mesclando bem timbres mais clássicos com outros mais modernos. As guitarras seguem mais ou menos a mesma linha, também mesclando timbres e efeitos. Por fim, a cozinha rítmica é competente, especialmente o baixista Daniel Ianniruberto.

As músicas mais longas têm aquelas variações típicas dos anos 70, com trechos instrumentais bem legais. Mas o álbum também conta com a boa vocalista Mariela Gonzalez, que se destaca mais pela voz potente. Mas que não compromete em trechos polifônicos ou mais delicados.

Os destaques do disco vão para “Despertar Dentro de un Sueño” e “La Tentación del Mundo”, uma boa balada com a melhor performance da vocalista.

Até a próxima!

3 de jun. de 2010

Dica do Xaxim: Peter Frampton - Thank You Mr. Churchill (2010)


Conforme comentei há algum tempo, as Dicas do Xaxim incluirão bons discos de artistas que não são tão famosos assim. Ao ouvir o novo disco do Peter Frampton, hoje menos famoso, achei que seria uma boa opção para começar, até para mais gente ficar sabendo que ele lançou um novo trabalho.

Thank You Mr. Churchill mostra o guitarrista / vocalista retornando ao rock básico, com menor ênfase nas baladas que foram as maiores responsáveis por torná-lo famoso. A maioria das músicas apresenta bons solos de guitarra, sempre acompanhados de vocais que se não são acima da média, também não fazem feio.

Há também um ou outro momento em que ele arrisca outros estilos, como o blues em “Suit Liberté”. Mas os melhores momentos do disco são mesmo aqueles em que o rock rola solto, como em “I’m Due a You” e “Road to the Sun”.

Embora não traga novidades em estilo, trata-se de um disco honesto deste artista que é acima da média, mostrando um som maduro e que agrada a quem curte um bom rock básico.