5 de jun. de 2011

Dica do Xaxim: Caravan - Cunning Stunts (1975)


Algumas bandas reconhecidas do movimento progressivo têm uma fase marcada como sendo a principal, mas seus discos subsequentes são ignorados por muita gente, mesmo se tratando de bons álbuns. É o caso de Cunning Stunts, do Caravan.

O texto em inglês a seguir foi retirado da página da banda no Progarchives, talvez o site com maior número de informações sobre o rock progressivo. "Cunning Stunts" (1975) marked the beginning of a series of mediocre releases and lineup changes, eventually leading to the reunion of the original members on "Back to Front".

O disco sucedeu o aclamado For Girls Who Grow Plump in the Night, gravado dois anos antes, e realmente não é tão bom quanto seu antecessor, mas tá longe de ser medíocre. O álbum dá mais ênfase ao lado “soft jazz” que a banda sempre apresentou e deixa o rock progressivo irreverente e viajante um pouco de lado, mas este não desaparece por completo. Pra mim, este é o motivo pelo qual muita gente torce o nariz para este álbum, o que não lhe faz justiça.

Mais que isso, os teclados e o violino continuam dando as caras, mas este último de forma mais comedida. A primeira faixa, “The Show of Our Lives”, é uma delícia de ouvir, com sua melodia suave num rock bem comportado arranjado com muito bom gosto. Além dela, também curto “Stuck in a Hole”, um rock também comportado (mas nem tanto) e “Welcome the Day”, outro exemplo de composição bem construída.

Mas o grande destaque do disco é a última música, “The Dabsong Conshirtoe”, em que a banda apresenta em toda sua plenitude as características que os fizeram únicos (e famosos) nos discos anteriores. Contando com 18 minutos e muitas variações em seus primeiros treze, a música vai do rock irreverente a progressões sinfônicas misturadas com o tal soft jazz, coisa que a banda sabia fazer com maestria. No final, o trecho de cinco minutos com um riff de guitarra bem roqueiro, simples e eficiente faz a base para vários instrumentos e ruídos serem adicionados alternadamente numa viagem que não deve nada aos principais sucessos do grupo.

Só esse musicaço já vale o disco. Se você já conhece a banda mas nunca o ouviu porque o mesmo não tem muitos comentários positivos, acho que pode estar perdendo um bom álbum.

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