24 de dez. de 2011

Melhores de 2011: Man on Fire - Chrysalis


Não dá pra dizer que a banda americana Man on Fire seja comum. Já na estrada há um bom tempo, os caras sempre gravaram discos que misturam vários estilos e tendências. O problema é que a banda nem sempre acertou a mão, o que resultou em discos irregulares.

Já tinha ouvido os álbuns anteriores dos caras e sempre tive a impressão de que eles nunca tiveram medo de sair do lugar comum, mas como os resultados eram variados, minha opinião sobre eles era a seguinte: apesar de competente, a banda por vezes derrapa feio, mas quando acerta a mão, sai de baixo.

Em estilo, na maior parte do tempo a banda soa como uma mistura do groove do Jamiroquai com o rock do Faith No More, mas sem o acid jazz do primeiro e a voz forçada de pato do segundo. A este caldeirão a banda adiciona algumas pitadas de rock progressivo, mas eu não diria que é a principal influência da banda.

Em Chrysalis, o quarto disco do grupo lançado após seis anos, os caras mais acertam do que erram. O novo álbum repete a fórmula dos discos anteriores ao misturar (em ótima produção) rock com tendências modernas dos mais variados estilos, mas soa mais maduro. Além disso, a presença em algumas faixas de vocais femininos emprestados da soul music, o que não é algo original, conta com arranjos ficaram legais que casaram bem com o som da banda.

Entretanto, a principal característica da banda é a habilidade de compor músicas com arranjos complexos, modernos e que servem de suporte a ótimas melodias, por vezes com apelo pop. Esta característica, já demonstrada em algumas faixas nos discos anteriores, dá mais as caras no novo álbum, motivo pelo qual eu o considero o mais maduro do grupo até agora.

Neste sentido, a faixa “Gravity” se destaca ao encerrar o álbum com dez minutos variados, além de “A (Post-Apocalyptic) Bedtime Story”, esta uma faixa mais direta e apaixonada, com bons arranjos por vezes sinfônicos e ótima presença do vocalista Jeff Hodges, também responsável pelos teclados. Mas a grande música do disco é “Repeat It”, que abre o álbum: moderna, com um groove pegajoso e um refrão empolgante, é daquelas músicas deliciosas que a gente nunca consegue ouvir sem repetir.

O trocadilho, neste caso, é proposital. ;-)

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