12 de out. de 2009

Dica do Xaxim: Parzivals Eye - Fragments (2009)


Parzivals Eye é o nome do projeto encabeçado pelo baixista Chris Postl, da banda alemã RPWL, que já gravou quatro discos bastante influenciados pelo Pink Floyd.

Neste projeto, o baixista montou uma banda com bons nomes do cenário progressivo: nos vocais, a banda conta com nada menos que Alan Reed (da banda Pallas) e a ótima Christina Booth (da banda Magenta), que se alternam entre as músicas e também cantam juntos em alguns momentos; para os teclados, o baixista chamou seu companheiro de banda Yogi Lang; e para as guitarras, o guitarrista Ian Bairnson, do Alan Parsons Project.

Como resultado, o disco de estreia, Fragments, apresenta as citadas influências de Pink Floyd, mas o resultado é um pouco diferente da banda de origem do baixista. Há influências claras do citado Alan Parsons, dos Beatles (e essa influência é sempre uma coisa boa num disco), de neo prog em geral e uma boa dose de músicas mais básicas.

A primeira faixa, “Longings End”, conta com 13 minutos e mistura todas essas características citadas acima, com muitas variações e resultados muito legais. Além desta, a última, chamada "Another Day", tem quase 10 minutos e segue a mesma receita, com resultados também muito bons.

As demais músicas apresentam propostas mais diretas, sempre com bons resultados, e variam entre o rock/pop mais básico e/ou psicodélico (com destaque para “Disguise”, “Chicago” e “Through Your Mind”), o neo prog (“Meanings” e “Where Have Your Flowers Gone?” me agradaram mais), trechos mais pesados (caso da faixa-título) e arranjos mais trabalhados (casos de “Skylights” e “Wide World”).

Assim, esse disco pode não estar na relação dos melhores dos fãs mais xiitas de progressivo, o que não é meu caso. Se também não for o seu e se estiver a fim de ouvir boa música variada e com influências de progressivo, esse disco tem uma proposta honesta e que vale a pena conferir.

Por fim, não poderia encerrar esta dica sem um comentário sobre a vocalista Christina Booth. Apesar de não aparecer muito no disco, ela mais uma vez dá um show em “Chicago”. Além da bela voz que usa para cantar com uma facilidade assombrosa, ouvi-la em outra banda que não o Magenta mostra que ela está amadurecendo cada vez mais como intérprete. Pra mim, ela é a melhor vocalista do cenário progressivo atual.

Até a próxima!

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