25 de abr. de 2010

Dica do Xaxim: Jebo - Sinking Without You (2006)


Às vezes curto uma pausa no progressivo para ouvir um som mais básico. Desde moleque ouço as bandas clássicas de hard rock dos anos 70 e sempre pensei que aquilo era som de qualidade; quem fizesse outra coisa não tava com nada. Fato é que a gente vai ficando mais velho (e quero crer, mais maduro) e ampliando os horizontes.

Já faz algum tempo tenho procurado conhecer bandas que fazem um rock/pop honesto, mais básico, mas com personalidade. Há montes de bandas por aí que fazem esse tipo de som, mas a indústria da música pasteuriza tanto os caras em nome do sucesso comercial rápido que fica difícil encontrar bandas com personalidade, que fazem esse tipo de som porque querem fazê-lo e ponto. Uma delas é o Jebo.

Não há muita informação sobre eles por aí. Pelo que pude descobrir, o quinteto é inglês e lançou seu disco de estreia, Sinking Without You, em 2006. O álbum apresenta 11 faixas, variando entre rock/pop alto astral (que lembram os melhores momentos do Goo Goo Dolls), músicas mais sérias (que lembram o Live) além de uma ou outra balada das não melosas, sempre mostrando timbres típicos das bandas mais modernas (mas sem grandes distorções nas guitarras) e algum ou outro momento com órgão, o que dá um charme ao disco.

Todos os músicos são bons, com arranjos que distribuem os instrumentos na medida certa. Mas quem se destaca mesmo é o vocalista James Hollingsworth, que tem uma voz correta, com bom alcance e que não desafina, além de interpretar as músicas com certo carisma, o que o torna acima da média.

Sobre as músicas, minhas preferidas são a faixa título que abre o disco, “Nowhere Left to Hide”, “Lighthouse”, “Sand” e “The Waiting”.

A banda acabou de lançar seu segundo disco, mas com um novo vocalista. A conferir.

24 de abr. de 2010

Dica do Xaxim: Magic Pie - Circus of Life (2007)


Antes de retomar as dicas sobre discos menos conhecidos de bandas mais famosas ou de bons discos de bandas que não são tão famosas assim, resolvi escrever mais uma dica de uma banda escandinava.

Circus of Life, lançado em 2007, é o segundo disco da banda norueguesa Magic Pie. E é um baita disco de rock progressivo. Como é marca registrada das melhores bandas daquela região, o estilo remete a um progressivo sinfônico tradicional, com pitadas de hard rock. Essa mescla é muitas vezes bem-sucedida, e é o caso deste ótimo disco.

O álbum abre com a faixa-título, dividida em cinco partes que totalizam 45 minutos de duração. Eu tenho algumas restrições a músicas muito longas, dado que vez por outra elas perdem um pouco de objetividade, mas neste caso as partes são bem divididas, funcionando bem tanto individualmente quanto no conjunto da obra. A melhor destas partes é justamente a maior delas: a quarta, chamada “Trick of the Mind”, que apresenta ótimas variações e que sozinha dura quase 22 minutos.

As últimas duas faixas, “Pointless Masquerade” e “ Watching the Waters”, também são bem legais. A primeira lembra um pouco de Yes, mas é melhor que a grande maioria das músicas que a banda gravou em seus últimos discos. A segunda não é tão impactante, mas também não faz feio.

Até a próxima!

10 de abr. de 2010

Dicas de sites


Oi, pessoal,

quero recomendar dois bons endereços dedicados ao rock progressivo com textos em português.

O site ProgShine, cria do Diego Camargo, apresenta notícias e atualizações constantes sobre várias vertentes do rock progressivo, inclusive o nacional, além de apresentar resenhas e entrevistas, entre outras coisas. O trabalho dele é muito bacana!

Já o ProgBrasil é um trabalho coletivo e tem maior enfoque em resenhas, mas também apresenta notícias e artigos, que podem ser escritos por qualquer membro cadastrado no forum do grupo. Tem muita gente por lá que conhece muita coisa de progressivo.

O Gibran Felippe, um dos membros do forum, gentilmente disponibilizou o espaço para que algumas das dicas do blog sejam publicadas também por lá.

Os links para as duas páginas estão na seção ao lado direito. Acessem e participem!

Abraços!

4 de abr. de 2010

Saudades


Ontem minha sogra nos deixou. Ela resistiu bravamente a vários problemas de saúde, e certamente não queria ir embora.

Tudo o que tenho a dizer a ela é "obrigado". Afinal, sem ela minha esposa não estaria por aqui. A missão de seguir adiante para nós que ficamos não é fácil, mas tem de ser cumprida.

E quanto a ela não querer ir, tenho a convicção de que ela está em algum lugar se divertindo muito, assim como fez em vida.

Dona Alice, vamos sentir saudades...

2 de abr. de 2010

Dica do Xaxim: Elton John - Tumbleweed Connection (1970)


Resolvi escrever também sobre bandas famosas que não são consideradas do primeiro escalão, ou sobre bons discos menos conhecidos de artistas do primeiro escalão. Ambos os casos se encaixam perfeitamente no objetivo do blog.

Começarei pelo último caso. Muita gente conhece Elton John. Dentre estes, boa parte sabe que seus discos da década de 70 nada tinham das baladas melosas que ele passou a gravar depois. Muita gente comenta sobre seu disco mais famoso, o ótimo Goodbye Yellow Brick Road. Um número menor elogia Madman Across the Water e Captain Fantastic and the Brown Dirt Cowboy, que também são muito bons. Mas pouca gente fala sobre Tumbleweed Connection, o que é uma baita injustiça.

Para começar, este disco é anterior aos álbuns citados acima. Mas o que o torna tão bom é o fato de que sua proposta é a mais ousada de todos eles. Elton John começava a se firmar como artista diferenciado. Junto com seu parceiro Bernie Tauppin, resolveram gravar um disco inspirado em histórias do oeste americano. Acertaram em cheio!

O resultado é um ótimo disco de country rock com pitadas do som de Nova Orleans, tudo isso gravado por um inglês! Além do som típico americano, a viagem apresenta passagens maravilhosas com aquelas melodias típicas da dupla, como em “Ballad of a Well-Known Gun”, “Country Comfort”, "Son of Your Father" e “My Father’s Gun”, para ficar apenas em alguns exemplos.

Enfim, uma obra-prima que merece reconhecimento maior que o que tem!

Até a próxima!