21 de nov. de 2010
Melhores de 2010: Conqueror - Madame Zelle
Em março, escrevi a dica sobre o disco 74 Giorni, da boa banda italiana Conqueror (a dica pode ser acessada aqui). Eis que pouco depois a banda lançou seu quarto disco, Madame Zelle, e mais uma vez alcançou bons resultados.
O novo álbum também é conceitual e suas músicas giram em torno da história de Mata Hari, nome artístico da dançarina exótica Margaretha Geertruida Zelle, que foi acusada de espionagem durante a I Guerra Mundial e condenada a ser fuzilada.
O tema escolhido pela banda fez com que se apresentassem algumas passagens com influências orientais (caso de “Indonesia”) e outros que passam a impressão de um filme de ação (caso de “Margaretha”). Estes estilos, novidades no repertório da banda, contribuem para que o disco não soe como seu antecessor, dado que os arranjos delicados ainda predominam.
Os principais músicos da banda continuam os mesmos, com destaque especial para a tecladista e vocalista Simona Rigano, que mostra clara evolução nos dois papéis, como por exemplo em “Eleganza Perfetta” (que conta também com ótima performance da flautista e saxofonista Sabrina Rigano). Esta faixa é um dos destaques do disco, ao lado de “Occhio dell’ Alba” e “Ad Occhi Alti”, que fecha o álbum com chave de ouro.
Depois de mais um bom disco, talvez o melhor da carreira da banda até hoje, abanda se firma como uma ótima opção para quem gosta de rock progressivo italiano, embora apresente um estilo um pouco diferente do gênero.
Até a próxima!
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14 de nov. de 2010
Melhores de 2010: Argos - Circles
De vez em quando acontece de eu ouvir um disco que a princípio não me chama a atenção, e depois de um tempo eu o acho melhor. Isso aconteceu com o disco homônimo da banda alemã Argos, lançado em 2009, depois que ouvi seu sucessor, Circles, lançado neste ano.
O novo disco da banda também levou um tempo para que eu pudesse curti-lo. Os caras fazem um progressivo eclético, misturando teclados típicos dos anos 70 com influências de jazz e uma levada rítmica mais atual, que nas primeiras audições dão a sensação de que a banda não sabe bem se quer se mostrar tradicional ou moderna.
Depois de algumas audições, essa sensação desapareceu. Na verdade, o disco mostra a banda mais madura e segura do que em seu disco de estreia, com boas composições. Essa mistura de tendências, embora não seja exatamente uma novidade, é levada com competência em arranjos complexos e bem pensados.
O que torna o disco acima da média é a priorização das composições, e não do virtuosismo a qualquer custo, coisa que costuma acontecer com bandas que incorporam influências de jazz em seu som. No caso de Circles, o estilo que predomina é o progressivo e as influências de outros estilos são utilizadas com parcimônia, na dose certa para tornar as músicas mais interessantes.
Eis um álbum em que vale à pena insistir. Com o passar do tempo, novos detalhes e nuances vão surgindo, e o álbum desce cada vez melhor. Tão melhor que entrou na minha lista de melhores do ano.
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