14 de nov. de 2010

Melhores de 2010: Argos - Circles


De vez em quando acontece de eu ouvir um disco que a princípio não me chama a atenção, e depois de um tempo eu o acho melhor. Isso aconteceu com o disco homônimo da banda alemã Argos, lançado em 2009, depois que ouvi seu sucessor, Circles, lançado neste ano.

O novo disco da banda também levou um tempo para que eu pudesse curti-lo. Os caras fazem um progressivo eclético, misturando teclados típicos dos anos 70 com influências de jazz e uma levada rítmica mais atual, que nas primeiras audições dão a sensação de que a banda não sabe bem se quer se mostrar tradicional ou moderna.

Depois de algumas audições, essa sensação desapareceu. Na verdade, o disco mostra a banda mais madura e segura do que em seu disco de estreia, com boas composições. Essa mistura de tendências, embora não seja exatamente uma novidade, é levada com competência em arranjos complexos e bem pensados.

O que torna o disco acima da média é a priorização das composições, e não do virtuosismo a qualquer custo, coisa que costuma acontecer com bandas que incorporam influências de jazz em seu som. No caso de Circles, o estilo que predomina é o progressivo e as influências de outros estilos são utilizadas com parcimônia, na dose certa para tornar as músicas mais interessantes.

Eis um álbum em que vale à pena insistir. Com o passar do tempo, novos detalhes e nuances vão surgindo, e o álbum desce cada vez melhor. Tão melhor que entrou na minha lista de melhores do ano.

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