21 de jan. de 2012
Melhores de 2011: Nemo - R€volu$ion
Em 2009, incluí o disco Barbares, da banda francesa Nemo, na relação de melhores álbuns daquele ano. No ano passado, a banda lançou R€volu$ion, que não é tão bom quanto seu antecessor, mas ainda assim figura entre os melhores de 2011.
O som dos caras não muda muito em estilo, que alterna de forma bem dosada partes mais pesadas com outras mais melódicas. O formato do disco é que muda um pouco: o disco é composto de faixas mais curtas, com cinco minutos de duração; em compensação, apresenta apenas duas faixas mais longas, uma delas sendo uma longa suíte.
A razão pela qual considero o novo disco inferior aos anteriores é que nas faixas mais curtas a banda não se mostra tão inspirada e os resultados são apenas medianos. Já nas faixas mais longas, a banda se mostra mais à vontade, apresentando trabalhos melhor resolvidos e sem tanta ênfase nas partes mais pesadas, mistura esta que me agrada mais. O solo de guitarra em “Seul Dans le Foule” é ótimo, daqueles que fazem a gente viajar.
A melhor faixa do disco é mesmo a suíte “Loins des Yeux (Barbares parties VIII à XII)”, que parece ser uma continuação do disco anterior. As partes são bem divididas e funcionam bem tanto individualmente quanto no conjunto da obra, coisa que infelizmente é cada vez mais rara de se ouvir nos discos de progressivo lançados nos últimos tempos. Também alternando momentos mais pesados com riffs matadores e outros trechos mais melódicos em que o piano se destaca, além do ocasional uso de polifonias vocais, a suíte tem um resultado final acima da média.
E como a suíte sozinha dura quase metade do disco, o resultado final é um dos melhores discos do ano. É verdade que 2011 não foi dos melhores para o cenário progressivo e que R€volu$ion não é ótimo, mas se trata de um bom álbum para se ouvir.
Inté!
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