22 de abr. de 2012
Dica do Xaxim: The Decemberists - The Hazards of Love (2009)
Nos últimos tempos, meu interesse pelo rock alternativo tem aumentado bastante. Procuro ouvir bandas desconhecidas que têm recebido bons reviews e de vez em quando acabo me deparando com um grande e inspirado disco, que é o caso desta dica do Xaxim.
A banda The Decemberists, natural de Portland, vem lançando discos há 10 anos. O estilo que predomina é o indie, mesclado com fortes doses de folk e um ou outro momento mais pesado. Em 2009, a banda lançou seu quinto disco, o conceitual The Hazards of Love.
O estilo do disco não difere muito do que a banda sempre usou. Além de misturar o indie e o folk, a banda consegue adicionar boas melodias vocais, com uso alternado das vozes do guitarrista Colin Meloy e da tecladista Jenny Conlee. Embora não sejam grandes cantores, eles usam a alternância de vozes de forma efetiva e que agrega um charme especial ao som.
Há alguns fatores que fazem com que The Hazards of Love se destaque em relação aos outros discos da banda e à média dos discos lançados recentemente. Primeiro, o fato de se tratar de um disco conceitual, com todas as músicas em torno de um mesmo tema e que fluem de maneira natural, funcionando bem individualmente e ainda melhor quando inseridas no conjunto da obra.
Segundo, o disco é excepcionalmente bem composto e bem produzido. As músicas vão alternando o estilo de forma que o disco não enjoa nunca. Mais do que isso, o disco conta com vários grandes momentos, sejam os mais calmos com destaque para melodias vocais, seja outros mais roqueiros que empolgam, além de outros mais pesados que lembram o Led Zeppelin, misturado com tendência modernas.
Terceiro, a banda parece estar particularmente inspirada neste disco. Todos os integrantes se apresentam muito bem, com destaque para o excelente uso de instrumentos alternativos nos momentos mais puxados para o folk, como bandolim e acordeão.
Por fim, a banda faz uso do manjadíssimo truque dos artistas de rock progressivo de repetir algumas melodias musicais e vocais ao longo do disco, com roupagens diferentes. Embora não seja algo original, a banda soube fazê-lo na dose certa, incluindo aí a repetição de melodias vocais que, em dado momento, é cantada por crianças, o que não é tão comum.
No todo, trata-se de um grande disco, daqueles que a gente ouve do início ao fim e depois ouve outra vez. É daqueles casos em que se pode ouvir uma música ou outra, mas que fica melhor ainda quando apreciado na íntegra. É isso que justifica o lançamento de um álbum conceitual e neste sentido The Hazards of Love atinge seus objetivos com louvor!
Até a próxima!
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