13 de set. de 2012

Homenagem: Yes - Close to the Edge (1972)


Hoje, 13 de setembro, um grande disco faz 40 anos de idade. Lá em 1972, uma das maiores e mais inovadoras bandas de rock da história lançava com sua melhor formação aquele que seria seu melhor álbum, entre tantos grandes trabalhos. Isso não é pouca coisa.

Close to the Edge é o disco mais ousado de uma banda ousada. Embora outras bandas apresentassem a mesma proposta, ninguém levou o rock sinfônico com tanta competência quanto o Yes. Neste álbum, mesmo sem usar instrumentos sinfônicos propriamente ditos, a banda apresentou três faixas distintas com momentos capazes de fazer inveja a qualquer orquestra.

Alguns dirão que os trabalhos mais ousados da banda são os posteriores Tales from Topographic Oceans e Relayer. De fato, ambos contêm propostas mais ousadas, o primeiro por apresentar quatro longas faixas em um disco duplo e o segundo por conter mais influências de jazz, com resultados também impressionantes. Mas Close to the Edge foi o pioneiro em termos de ousadia, por três motivos.

Primeiro, porque foi a primeira vez em que a banda decidiu apresentar na faixa-título uma longa e complexa obra de quase 20 minutos, cheia de variações; ao também demonstrar em “Siberian Khatru” as influências de jazz em uma performance memorável; e ao trazer ao mundo “And You and I”, uma música épica e melódica que sintetiza a proposta da banda. Em resumo, foi o trabalho em que o grupo se mostrou mais inspirado e que mostrou seus melhores resultados.

Mais do que as ótimas composições, todos os integrantes se mostram em seu ápice. Começando com as melodias, Steve Howe, o guitarrista dos timbres diferentes, pega fogo neste disco, se fazendo presente em solos sensacionais e em arranjos belíssimos. Já o também virtuoso Rick Wakeman, o tecladista de capa, gravou um dos melhores solos de órgão da história na faixa-título e mostra grandes arranjos no resto do disco.

Além das melodias, toda boa banda que se preze tem uma cozinha rítmica que impressiona, e nenhuma dupla impressiona mais que o baixista e o baterista deste disco. Dono de uma imensa precisão para contrapartes herdada do jazz, Bill Bruford se mostra um baterista diferente, com arranjos fora do normal. E o que dizer de Chris Squire, provavelmente o baixista mais inquieto do rock? Neste disco, com seus tons graves e agudos que agregam tanto ao ritmo quanto à melodia, o grande baixista se reafirma como um dos expoentes do instrumento.

Por fim, as melodias vocais de Jon Anderson fazem das músicas uma viagem completa. Muito criativo e apoiado por polifonias vocais maravilhosas e pra lá de inspiradas, o vocalista, embora não seja um grande um grande cantor, consegue se destacar em meio a tanta coisa boa rolando. O fato de que seja um dos mentores da banda só faz engrandecer sua genialidade.

Senhoras e senhores, eis o melhor disco de todos os tempos! Se você já o conhece, ouça-o de novo, e de novo, e de novo. Se você ainda não o conhece, ouça-o correndo! E de novo, e de novo, e de novo...

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