22 de dez. de 2012

Dica do Xaxim: Big Big Train - English Electric (Part One) (2012)


Na relação de melhores discos do ano passado, incluí o primeiro disco solo de Sean Filkins (leia aqui), ex-vocalista da banda inglesa Big Big Train. Neste ano, a banda, que agora conta com os vocais de David Longdon, lançou English Electric (Part One).

Já com esta nova formação, a banda lançou em 2009 The Underfall Yard. Este trabalho já mostrou uma notável evolução no som do grupo, embora os motivos não fiquem claros dado que o antigo vocalista, mesmo não se tratando de um bom cantor, se mostrou um compositor de mão cheia em seu disco solo. Parece ser simplesmente um daqueles casos em que uma formação dá mais liga que a outra.

Se o disco anterior já é bom, o novo trabalho é ainda melhor, mesmo sem apresentar grandes mudanças no som. Os melhores resultados se devem a dois motivos: primeiro, a banda se mostra mais entrosada e mais segura de si, apresentando arranjos inspirados; segundo, neste novo trabalho não há longas suítes, o que passa a sensação de um álbum mais coeso. A maioria das músicas dura entre sete e nove minutos, todas com bons ou ótimos resultados.

O estilo da banda me lembra o do Genesis, mais precisamente o da época dos álbuns A Trick of the Tail e Wind & Wuthering, e essa sensação também se faz mais presente em English Electric do que nos trabalhos anteriores. Há também trechos que lembram o Pink Floyd, mas a banda não se restringe a emular suas influências; os caras são capazes de compor ótimas melodias características do jeito inglês mescladas com algo de folk, tudo acompanhado por progressões excelentes que mesclam passagens mais sinfônicas com outras mais roqueiras e outras mais delicadas.

Além dos bons arranjos, com trechos que chamam a atenção pelo uso do trompete (também usado no trabalho anterior), todos os músicos se mostram muito bem. Embora não conte com um baterista fixo, a banda acertou ao convidar mais uma vez o ótimo Nick D’Virgilio (ex-Spock’s Beard) para as baquetas.

Sobre as faixas de destaque, o disco começa bem com “The First Rebreather”, não apresenta músicas ruins ao longo de sua duração e se encerra de forma sensacional com duas pérolas, “A Boy in Darkness” e “Hedgerow”, daquelas que fazem a gente se perguntar porque um disco tão bom acabou tão rápido antes de apertar de novo o play. Este é um dos melhores discos do ano, gravado por uma das melhores bandas que ouvi nos últimos tempos!

Até!

Nenhum comentário:

Postar um comentário