31 de dez. de 2009

Feliz 2010!



Agradeço a todos os que visitaram o Rock do Xaxim em seu ano de estreia! Desejo um ótimo Ano Novo a todos e que 2010 seja o melhor ano de nossas vidas até agora!

Abraços,
Sergio

28 de dez. de 2009

Dica do Xaxim: Nemo - Barbares (2009)


O álbum que fecha a lista de melhores de 2009, Barbares, da banda francesa Nemo, foi lançado no começo do ano, mas não poderia ficar de fora da minha relação, porque é um baita disco.

Depois de lançar dois discos conceituais em torno da mesma estória, Si Partie I (2006) e Si Partie II: L’Homme Ideal (2007, um discaço), desta vez a banda optou por lançar um disco com formato padrão, embora a faixa título seja uma suíte de 25 minutos dividida em sete partes.

O grande mérito do quarteto está na qualidade da composição, uma vez que eles priorizam os arranjos, mas não deixam de mostrar bons solos. O que mais impressiona é a fluidez com que a banda varia em uma mesma música partes de heavy metal, outras com bom swing e outras mais delicadas, colocando sempre os timbres certos para cada momento e criando combinações interessantes, como guitarras bem distorcidas fazendo a base para dedilhados de piano.

Todas as faixas do álbum são boas, mas o grande destaque é mesmo a faixa-título, na maior parte instrumental (com temas que se repetem de vez em quando em diferentes arranjos). Ela tem um trecho que poderia estar em um álbum do Jethro Tull e tem um final daqueles que dá vontade de ouvir tudo de novo. Com Barbares, o Nemo lançou outro petardo e pra mim se estabeleceu definitivamente como um dos principais expoentes do rock progressivo moderno, mesmo com as letras em francês.

Até!

24 de dez. de 2009

Feliz Natal!



Desejo a todos vocês e vossas famílias um ótimo Natal, repleto de paz, amor e saúde! E torço para que o espírito natalino possa se fazer presente entre todos nós durante muito tempo!

Abraços!

Sergio

23 de dez. de 2009

Dica do Xaxim: Transatlantic - The Whirlwind (2009)


Depois de oito anos, eis que o genial Neal Morse (ex-Spock's Beard) resolveu abrir uma exceção em sua exclusiva carreira solo com temática religiosa e se reuniu aos aclamados Roine Stolt (The Flower Kings), Pete Trewavas (Marillion) e Mike Portnoy (Dream Theater, de quem Morse nunca se distanciou uma vez que é figura constante nos discos “prog gospel” do compositor) para lançar um disco inédito de um dos mais bem sucedidos supergrupos da história do rock progressivo: o Transatlantic.

A exceção aberta não foi lá muito radical, uma vez que as letras do novo disco continuam apresentando fundo religioso. A bem da verdade, o último disco dele com sua banda de origem (Snow, também de 2001), já continha mensagens religiosas.

The Whirlwind não apresenta grandes modificações em relação aos dois discos anteriores lançados pelo supergrupo, mas há algumas diferenças importantes. Primeiro, embora a maioria das músicas continue sendo obra do gênio do Neal Morse, os primeiros discos se pareciam mais com o Spock’s Beard, enquanto que este lembra mais sua carreira solo. Segundo, este disco cede mais espaço para composições do Roine Stolt que os anteriores, e ele aparece mais nos vocais.

As diferenças não param por aí. O disco apresenta uma única suíte de quase uma hora e vinte minutos, dividida em doze partes ao invés de apresentar duas faixas independentes de mais ou menos meia hora e outras poucas faixas menores como nos discos anteriores.

Embora o disco alterne grandes momentos com outros bons e outros nem tanto, o disco mantém o pique durante o tempo todo, mesmo sem trazer muitas novidades em termos musicais. A velha fórmula consagrada continua presente: alternar estilos que transitam pelo rock sinfônico, partes mais pesadas, influências de jazz e baladas pop, além de repetir linhas melódicas sob diferentes roupagens (no que o Neal Morse é mestre).

Por fim, queria comentar sobre outro destaque importante: este é o melhor disco da carreira do Pete Trewavas, que arrebenta no disco, além de cantar e compor alguma coisa. Eu acho sua performance no início do Marillion comum, mas é notável como ele vem melhorando de uns anos pra cá. É muito bom poder ouvi-lo cantar e se afirmar como um dos principais baixistas do cenário progressivo atual.

Até a próxima!

20 de dez. de 2009

Finalizando a lista de dicas dos melhores de 2009


Procuro priorizar em minhas dicas bandas que não sejam muito conhecidas, uma vez que há bastante leitura disponível por aí sobre os discos e artistas mais badalados.

Minha lista de melhores do ano inclui em sua maioria álbuns que também se enquadram em minha proposta original. Fato é que tenho me cansado um pouco da mesma fórmula (talvez exaurida) de medalhões do progressivo, e mesmo quando eles mudam alguma coisa, não são bem sucedidas na maioria das vezes.

Considero esse processo normal. Acho muito difícil para um artista ou conjunto manter o pique por tanto tempo criando coisas diferentes. A meu ver, isso acontece com todas as bandas em maior ou menor grau.

Entretanto, a lista de melhores discos de 2009, que já conta com oito lançamentos e será completada por mais dois álbuns até o final do ano, fugirá um pouco da minha proposta original. Afinal, nela consta também um álbum lançado por uma banda que dispensa apresentações, sobre o qual comentarei em alguns dias (se alguém quiser arriscar um palpite sobre qual será o disco, fiquem à vontade...)

A lista não contém, por exemplo, o disco The Incident do Porcupine Tree, mas isso não significa que eu não tenha gostado do disco. Na verdade, achei que o disco tem alguns grandes momentos mas na média é apenas razoável e por isso ele não está entre meus melhores do ano.

Bom, já excluí uma opção de seus palpites... ;-)

19 de dez. de 2009

Dica do Xaxim: Izz - The Darkened Room (2009)


A banda Izz, formada em Nova Iorque, é uma das grandes bandas do cenário progressivo americano atual, embora não tenha a mesma popularidade de outras bandas mais famosas. The Darkened Room, lançado neste ano, é mais um grande álbum desta promissora banda, que se junta aos também ótimos I Move (2002) e My River Flows (2005).

Formada em 1998 pelos irmãos John (que manda muito bem no baixo) e Tom Galgano (que também manda muito bem nos teclados e é o principal compositor, além de vocalista principal), a banda conta ainda com a boa vocalista Anmarie Byrnes, que na maior parte do tempo empresta sua voz a ótimos arranjos polifônicos, e que também aparece como vocalista principal em alguns trechos. Além deles, a banda conta com Paul Bremmer nas guitarras, Greg DiMiceli na bateria e Brian Coralian na percussão, que mandam muito bem em seus respectivos instrumentos.

O novo disco não apresenta lá grandes inovações em relação aos trabalhos anteriores, e isso é ótimo. Em linhas gerais, o som da banda apresenta linhas polifônicas vocais fortemente influenciadas pelos Beatles (e que portanto lembram alguns momentos do início da carreira do Yes), com estruturas que alternam entre o rock progressivo clássico (e que em alguns momentos lembram Yes e/ou King Crimson) e influências mais modernas, o que confere originalidade ao trabalho da banda.

Todas as músicas do disco são boas, mas merecem destaque a faixa de abertura, “Swallow Our Pride”, e a penúltima “23 Minutes of Tragedy”. O grande destaque do disco, entretanto, é a música “Can’t Feel the Earth”, dividida em três partes não sequenciais. Cada uma destas partes funciona bem tanto individuamente quanto quando ouvidas em sequência.

Pra mim, o disco do ano!

Até já!