
Com tanto trabalho, depois de quatro anos surgiu Petali di Fuoco, o quarto disco da banda. E a espera valeu: o disco apresenta oito músicas em estrutura mais simples, com a maioria delas variando entre cinco e sete minutos. Nem por isso o disco deixa de ser tão progressivo quanto os anteriores; de fato, faixas curtas não são muito comuns em discos do gênero, mas a banda manteve a pegada e conseguiu resolver bem cada música do ponto de vista individual.
Além do baixista, que é muito competente, destaco também os vocais de Alessandro Corvaglia, que tem voz acima da média e um timbre característico do rock progressivo italiano, com interpretações que “transpiram” emoção. Não há uma única faixa ruim no disco, mas minhas preferidas são “Fino All’aurora”, “L’inganno” e “Phoenix”.
Alguns fãs do gênero poderão sentir falta das estruturas mais convencionais e de obras individuais com mais variações. De minha parte, entendo que a banda tomou um passo ousado e apresentou um belo disco de progressivo, variando estilos de música para música, sempre com muita qualidade, o que é o principal. Para mim, um dos melhores discos do ano passado e que encerra a lista de melhores de 2010.
Até a próxima!