20 de mar. de 2011
Melhores de 2010: La Maschera di Cera - Petali di Fuoco
Fabio Zuffanti é um dos maiores expoentes do cenário progressivo italiano. Prolífico e talentoso, o baixista já lançou discos em carreira solo, em dupla ou em projetos paralelos. Cada um desses discos tem um estilo diferente, com resultados diversos. Liderando sua banda de origem, La Maschera di Cera, com som mais voltado para o rock sinfônico, o resultado é sempre bom.
Com tanto trabalho, depois de quatro anos surgiu Petali di Fuoco, o quarto disco da banda. E a espera valeu: o disco apresenta oito músicas em estrutura mais simples, com a maioria delas variando entre cinco e sete minutos. Nem por isso o disco deixa de ser tão progressivo quanto os anteriores; de fato, faixas curtas não são muito comuns em discos do gênero, mas a banda manteve a pegada e conseguiu resolver bem cada música do ponto de vista individual.
Além do baixista, que é muito competente, destaco também os vocais de Alessandro Corvaglia, que tem voz acima da média e um timbre característico do rock progressivo italiano, com interpretações que “transpiram” emoção. Não há uma única faixa ruim no disco, mas minhas preferidas são “Fino All’aurora”, “L’inganno” e “Phoenix”.
Alguns fãs do gênero poderão sentir falta das estruturas mais convencionais e de obras individuais com mais variações. De minha parte, entendo que a banda tomou um passo ousado e apresentou um belo disco de progressivo, variando estilos de música para música, sempre com muita qualidade, o que é o principal. Para mim, um dos melhores discos do ano passado e que encerra a lista de melhores de 2010.
Até a próxima!
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12 de mar. de 2011
Dica do Xaxim: Argent - Nexus (1974)
A banda Argent é outro exemplo de formação inglesa mais ou menos conhecida por quem curte progressivo. Neste caso, entretanto, a banda lançou bons discos que não se restringem ao gênero, e por isso entendo que poderiam ser apreciados por um público maior.
Formada em 1969 pelo tecladista Rod Argent, a banda nunca se caracterizou por apresentar novidades musicais, mas sim por certo ecletismo executado com competência. Além do tecladista, a banda contava em seu auge com o vocalista e guitarrista Russ Ballard, o baterista Bob Henrit e o baixista Jim Rodford.
Nexus, o quinto disco e último de estúdio com essa formação, é bem agradável de ouvir. A banda segue a receita de misturar vários gêneros do rock, mas o que mais se destaca é o chamado art rock (que lembra um pouco o estilo do Queen), com pitadas de hard rock, progressivo e algo de fusion e blues. Neste sentido, se destacam as faixas “Music from the Spheres” e “Gonna Meet My Maker”.
Assim como na dica anterior em que falei sobre o Greenslade, Nexus é daqueles bons discos que servem de alternativa para quem está um pouco cansado de ouvir sempre as mesmas coisas.
Até!
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8 de mar. de 2011
Dica do Xaxim: Greenslade - Bedside Manners Are Extra (1973)
A banda Greenslade, formada pelo tecladista Dave Greenslade (ex-Colosseum), é daquelas que quem curte muito o progressivo conhece, mas não atingiu grande sucesso. É de fato uma banda pouco comentada e que merece uma Dica do Xaxim.
Bedside Manners Are Extra, lançado em 1973, é o segundo disco da banda, e em minha opinião o melhor deles. É daqueles discos que agradam não porque contêm obras-primas (embora a instrumental “Chalkhill” seja um musicaço), mas porque têm boas músicas do início ao fim. Os trechos instrumentais são os melhores, com forte ênfase em teclados, com destaque para o ótimo Mellotron.
As músicas apresentam estilos bem variados, com climas mais agitados ou mais calmos, mas sempre agradáveis. De vez em quando se apresentam influências psicodélicas em doses corretas e vez por outra se percebe uma pitada de jazz ou de blues, o que torna o disco ainda mais interessante.
Mas o que chama mesmo a atenção é que toda a banda se mostra competente, com espaço até para um bom solo da bateria de Andy McCulloch na ótima “Drum Folk”, que por sua vez é seguido com grande solo de teclado, daqueles muito inspirados que por si só valem o disco.
Se você está cansado de ouvir sempre os mesmos discos de rock progressivo da década de 70, eis um disco diferente, agradável, e que pode servir como opção para variar um pouco.
Até!
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