18 de fev. de 2012

Dica do Xaxim: Van Halen - A Different Kind of Truth (2012)


Eu comecei a ouvir rock em geral influenciado pelo boom provocado pelo primeiro Rock in Rio. Eu continuo ouvindo rock, e fiquei satisfeito em saber que uma das maiores bandas daquela época está de volta, com sua formação quase original depois de 28 anos.

Sempre curti pra caramba o Van Halen, sem fazer muita distinção entre a fase com o David Lee Roth ou com o Sammy Hagar nos vocais, que é mais uma daquelas discussões que levam a lugar nenhum. Considero apenas mais um exemplo de ótima banda que tem duas fases diferentes, ambas com suas qualidades.

Duas destas qualidades, comuns aos dois períodos, se sobressaem: o rock descompromissado, leve, irreverente e empolgante, dosado com maestria com momentos de alto apelo pop, que mostra uma banda que se diverte fazendo música; e a presença do excepcional Eddie Van Halen, que em minha opinião revolucionou o jeito de se tocar guitarra e que influenciou muita gente, o que o credencia como um dos três melhores que já ouvi.

Consta que, em 1984, David Lee Roth e o guitarrista quebraram o pau e depois disso não se falavam. Neste período, chegaram a gravar juntos duas faixas inéditas para uma coletânea; o guitarrista venceu um câncer. E vinte oito anos depois, voltaram a gravar juntos um disco inteiro, A Different Kind of Truth, que privilegia o estilo do famoso álbum que conta com “Panama”, “Jump” e outras pérolas (o que é ótimo!), mas incorpora algumas influências da segunda fase com o Sammy Hagar.

Embora a banda não apresente grandes mudanças em estilo, os efeitos da maturidade são claramente notados. Ao mesmo tempo em que a banda não se mostra tão irreverente (o que é esperado), ela também se mostra mais experiente, diria até que mais entrosada. Não me parece o caso de que o segundo efeito compense inteiramente o primeiro, mas o que chama a atenção é que, mesmo depois de tanto tempo, os caras são capazes de lançar um bom disco, aparentemente sem grande esforço.

Esta percepção leva a duas conclusões: primeira, a de que o disco é bom, mas poderia ser ainda melhor, conclusão esta reforçada pela presença de algumas faixas mais fracas entre as 13 do álbum, que poderiam ser limadas; segunda, a de que somente grandes bandas conseguem gravar um disco depois de tanto tempo que, mesmo que sem grandes novidades, ainda assim contém grandes faixas.

Falando sobre estas, curti desde a primeira audição “The Trouble with Never”, “She’s the Woman”, “You and Your Blues”, “Stay Frosty”, “Big River” e “Beats Workin’” (todas com grandes solos típicos do guitarrista). Mas a melhor de todas, disparado, é “Tattoo”, faixa que abre o álbum com todas as características de uma grande banda que está de volta!

Um comentário:

  1. No geral, eu curti bastante o disco.

    A música que mais me chamou a atenção, por enquanto, foi Big River.

    Por enquanto. :-)

    ResponderExcluir