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Até que li comentários muito favoráveis sobre a banda Anima Mundi, que vem de Cuba. Eu nunca tinha ouvido nada de lá, e nem sabia que alguém da ilha do Fidel se dispunha a gravar rock progressivo. Esta é uma das maravilhas da internet, e resolvi conferir, apesar de muitas vezes me decepcionar com o que ouço. Desta vez, não me arrependi.
The Way é o terceiro disco da banda, com letras em inglês. É progressivo com “P” maiúsculo. Composto de quatro faixas, uma delas com 26 minutos, o disco apresenta todos os elementos que os fãs do progressivo tradicional procuram: muitas variações em uma mesma faixa, progressões que culminam em trechos sublimes e/ou sinfônicos, regressões para trechos acústicos, releituras de melodias vocais, longos trechos instrumentais com arranjos complexos em que se descobrem novos sons a cada audição, e por aí vai.
Na verdade, o álbum não apresenta novidades em termos musicais. Bandas como The Flower Kings e Spock’s Beard lançaram durante a década de 90 ótimos discos no mesmo estilo com produção moderna, isso sem falar nas bandas clássicas dos anos 70, cujas influências estão presentes ao longo de todo o disco. O que impressiona em The Way é a competência da banda. Há vários discos que apresentam o estilo tradicional do progressivo, mas poucos são tão bem-sucedidos.
Todas as faixas do disco agradam, mas meus destaques vão para a primeira, “Time to Understand”, que tem um final apoteótico e emocionante, e a última, “Cosmic Man”, que tem um longo trecho final que lembra em essência a obra-prima “Starship Trooper”, do Yes. No todo, esta banda é uma de minhas maiores descobertas dos últimos tempos, e vai ser difícil que algum outro álbum desbanque The Way como o disco do ano.
Até a próxima!
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